A provável partida da presidente Dilma Rousseff nas próximas semanas é protagonista nos cálculos dos analistas. Em artigo nesta SELETAS, Evandro Buccini disseca os impactos observados desde a votação do impeachment na Câmara dos Deputados e sugere possibilidades de melhora da economia nos próximos meses. A pincelada de otimismo, entretanto, é insuficiente para seduzir certos investidores — inclusive gente que há não muito tempo adorava o Brasil. Em entrevista à Relevo, Mike Lubrano, diretor da Cartica Management, avalia ser cedo para voltar a aportar recursos no País. As incertezas, afirma, ainda são maiores que os riscos.

Na reportagem de capa, advogados exploram os impactos das mudanças promovidas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais depois de destampado o bueiro de fraudes envolvendo conselheiros do órgão. Entre outras observações, relatam uma maior predisposição dos conselheiros para julgar em favor do fisco neste ano.

Em sua coluna, Alexandre Póvoa volta a falar do mestre Benjamin Graham, desta vez com o intuito de mostrar detalhes menos conhecidos da grandiosa contribuição do personagem para o mundo das finanças.

E depois de dois anos de conversas com o mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disponibilizou para comentários sua proposta de instrução para disciplinar o equity crowdfunding no País. Como o mercado desejava, sugere a dispensa automática de registro para os financiamentos coletivos — mas desde que plataformas, emissores e investidores atendam a alguns requisitos obrigatórios. Se a minuta vingar, empreendedores pequenos com sonhos grandes terão mais segurança para iniciar seus projetos com o impulso do mercado de capitais.