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Dores do crescimento

A busca pela superação é um elemento primordial da natureza humana. Necessidades se transformam com o tempo, assim como as exigências para atendê-las. A angústia é por evoluir. O mercado de capitais, a despeito dos maus momentos, caminha nessa direção. Quinze anos após sua criação, dos quais treze com empresas listadas, o Novo Mercado quer recuperar o frescor. Tão logo a Bolsa confirmou o interesse em preparar uma reforma, a partir de audiências pública e restrita com os participantes, a reportagem da CAPITAL ABERTO foi atrás de levantar as primeiras sugestões. No centro do debate, estarão as condições de saída do segmento, consideradas frouxas por alguns. A fina dosagem das normas, ajustada para preservar o segmento como um pódio respeitado por investidores e cobiçado por companhias, será a arte dessa escalada.

Enquanto isso, na metade oriental do globo, outro emergente tenta se reorganizar. Depois de um ano em reforma para aprimorar práticas de governança, as bolsas chinesas foram inundadas de IPOs e de recursos de poupadores que, estimulados por crédito fácil, saíram afoitos às compras de ações. O resultado foi uma bolha de preços que, no mês passado, rompeu-se abruptamente, dirimindo a credibilidade do mercado de ações chinês e do seu governo autoritário. Ao que parece, foi também o estouro de uma política expansionista e inábil, dirigida a forjar com incentivos ousados o espectro capitalista que o país quer exibir para o mundo. Na visão de investidores, contudo, o incidente expõe apenas as dores do crescimento inerentes aos processos evolutivos, como mostra a reportagem “Bolha no Oriente”.

Na jornada de superações, a desconfiança pode ser um obstáculo a enfrentar. No caso da reforma do Novo Mercado, o pressuposto de que os acionistas minoritários tendem a ser expropriados ao primeiro vacilo dos reguladores é flagrante entre as sugestões apresentadas. Nesse contexto, todo o cuidado é necessário para evitar exageros. Cicatrizes do passado devem servir para indicar caminhos melhores e não para inviabilizar o futuro.

Na reportagem de capa desta edição, um exemplo típico desse clima. A gigante do aço Gerdau, uma das mais tradicionais companhias abertas da bolsa de valores, melindra investidores com transações suspeitas. Numa fase difícil para os negócios, os gestores da companhia, reconhecidos por sua competência, investem toda a lábia para convencer o mercado de que está tudo certo. Um histórico de episódios de conflitos de interesse, porém, alimenta a má impressão. Nesse caso, não são as dores do crescimento, mas das mentes cheias de lembranças.


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