Em uma semana de retomada dos IPOs, animada pela oferta de ações da locadora de veículos Movida, a companhia aérea Azul também anunciou sua nova tentativa de chegar à bolsa de valores. No seu plano está mantida a oferta de ações superpreferenciais, emitidas com valor 75 vezes superior ao da ação ordinária e adornadas com direito de voto em ocasiões estratégicas. A ação especial soluciona uma particularidade societária da Azul, mas é fortemente criticada por investidores minoritários, como mostra reportagem desta edição.
Enquanto os acionistas da Azul são paparicados, os do Snapchat, nos Estados Unidos, são atraídos com um discurso surpreendentemente sincero. A companhia emite ações sem direito a voto e deixa claro que não tem lucros e, mais do que isso, reconhece que talvez nunca venha a tê-los. Simples assim, sem floreios.
Direitos de menos também são o problema da gestora Verde com a sua investida de call center Contax. Os investidores contestam uma decisão dos administradores de suspender os dividendos dos acionistas para engordar o caixa da companhia e confortar os credores. Indignada, a gestora iniciou um processo arbitral contra a companhia. O caso expõe a fronteira que divide os direitos de acionistas e credores.
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