Avessas à concorrência e a qualquer tipo de modernidade, as antigas corporações de ofício eram organizações medievais dedicadas a proteger o mercado de seus associados da ameaça de novos competidores. O símbolo máximo dessa animosidade foi a atuação dos luddistas, que no início do século XIX destruíam máquinas industriais por considerar que elas tomavam empregos de operários indefesos. A expressão deriva do nome de um dos expoentes do movimento, Ned Ludd.
As corporações de ofício foram banidas do Brasil pela Constituição de 1824, outorgada por Pedro I, especificamente no inciso 25 do artigo 179. No entanto, pouco mais de um século depois, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, elas foram reintroduzidas no País sob o rótulo de sindicatos e seus diversos matizes. Persistem, até hoje, na tarefa maior de evitar a concorrência e
o desenvolvimento.
Mais de 200 anos após os luddistas, o Brasil está assistindo a um embate do mesmo gênero: taxistas, de um lado, e motoristas e usuários do aplicativo Uber (que promove a condução de passageiros à margem do sistema corporativo), de outro. O País tem presenciado, perplexo, a numerosas carreatas de táxis e manifestações hostis contra passageiros e motoristas adeptos da nova tecnologia. Isso, inclusive, com o apoio solerte de políticos e legisladores medíocres, ávidos por meia dúzia de votos para as próximas eleições.
O que esses corporativistas e reacionários não percebem é que as tecnologias — e o progresso que representam — são invencíveis. De nada adianta tentar frear a marcha inexorável da humanidade em sua busca permanente de mais desenvolvimento e, sobretudo, de conforto material.
Parodiando um velho slogan esquerdista, resta dizer aos inimigos do futuro:
Não passarão!
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