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Sustentabilidade na pauta corporativa

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As questões relativas à sustentabilidade estão agregadas à estratégia, à gestão de riscos e aos aspectos ligados à longevidade das corporações. Vem se tornando usual avaliar as organizações por seu desempenho ante os desafios do tripé formado pelos aspectos social, ambiental e econômico.

Fatores inter-relacionados que compõem essa avaliação ajudam a entender o porquê de esse tema estar irreversivelmente na agenda das empresas em todo o mundo, são eles: (a) expectativa de comportamento ético e valorização da transparência corporativa como instrumento de monitoramento de riscos por todos os interessados; (b) percepção da interconectividade das atividades humanas sobre o bem-estar comum, evidenciada pelos recentes impactos de grande visibilidade que transcenderam o âmbito local, incluindo-se a crise financeira internacional, vazamentos de petróleo e radioatividade, desmatamento e gestão de recursos hídricos ou energia; (c) acesso às informações em tempo real, com intensa cobertura midiática e atuação vigorosa das redes sociais; (d) conscientização e mudanças no comportamento dos consumidores, ávidos por risco zero, alavancando assim o nível de exigência sobre produtos e serviços; (e) expectativas da cadeia de valor e atividades da concorrência, que direcionam adequações de modo a garantir ou acessar novos mercados; (f) envolvimento direto da comunidade investidora, inclusive comprometendo-se com os princípios de investimento responsável, resultando no monitoramento de indicadores de performance socioambientais; (g) influência dos funcionários, que se posicionam sobre a responsabilidade perante a sociedade e o meio ambiente, colaborando com o estabelecimento de práticas sustentáveis; (h) e novas políticas públicas direcionadoras para a economia verde.

Em busca de transparência, as empresas, por sua vez, passaram a divulgar relatórios de sustentabilidade ao mercado. Para tanto, na prática, as diretrizes que ganham adeptos mundialmente são as organizadas pela Global Reporting Initiative (GRI). Elas congregam princípios, protocolos e indicadores que tornam possível gerir, comparar e comunicar o desempenho organizacional nas dimensões de governança corporativa, responsabilidade social, ambiental e econômica. O relatório tem valor adicional quando passa por verificação externa, que assegura o conteúdo divulgado. Embora sua publicação seja “voluntária”, o próprio mercado a estimula. De acordo com pesquisa realizada globalmente pela Ernst & Young, dois terços das companhias listadas na Fortune Global 500 apresentaram algum tipo de relatório não financeiro.

Nessa linha, o desempenho das 38 empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) também demonstra que a opção por práticas sustentáveis tem se mostrado economicamente viável. Enquanto o Ibovespa, índice geral das principais empresas listadas na BM&FBovespa, apresentou rentabilidade de 1% no período de um ano encerrado em 31 de dezembro de 2010, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) apresentou valorização de 5,8%, ou seja, 4,8 pontos percentuais a mais.


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