Decisão tomada
Resultado da união de duas famílias diferentes, e com três gerações na gestão, laboratório Halex Istar inicia um projeto de governança corporativa

, Decisão tomada, Capital AbertoO nome já conta um pouco da história. O laboratório farmacêutico Halex Istar é o resultado da união da indústria química Istar, fundada em 1959, e do laboratório Halex, de 1967. Desde 1970, as duas empresas familiares juntaram-se em um único grupo, controlado meio a meio pelas famílias de seus fundadores, Zanone de Carvalho e Heno Jácomo Perillo. A indústria química que fabrica as chamadas soluções parenterais — como a produção de bolsas de sangue e a industrialização de soro em frasco plástico — nasceu com o objetivo de alcançar o mercado nacional. Começou a deslanchar nos anos 1990 e, hoje, tem mais de 900 funcionários, uma área superior a 50 mil metros quadrados construída no Estado de Goiás e filiais comerciais em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. A gestão, no entanto, não acompanhou os investimentos tecnológicos realizados na linha de produção.

O comando composto de duas famílias não se encaixa mais na estrutura alcançada, e os sócios reconhecem que é preciso profissionalizar as tomadas de decisão. A necessidade de captar recursos também estimula um novo modelo de governança. A Halex Istar busca expansão para além do crescimento orgânico e, se houver necessidade, vai atrás de parceiros para isso, afirma o superintendente comercial, filho de um dos fundadores, Zanone Júnior.

A empresa vem ampliando seus negócios a um ritmo acima de 20% nos últimos anos. Em 2009, o avanço foi de 25%. Para este ano, a expectativa é de mais 25%. “Queremos estar com a , Decisão tomada, Capital Abertoempresa pronta para aproveitar as oportunidades que surgirem”, diz Zanone. A Halex Istar foi líder no segmento de soluções parenterais de grande volume até 2008 e quer retomar esse posto. O plano é alcançar mais de 20% de market share em 2011, quando uma nova fábrica, capaz de dobrar a sua capacidade produtiva, estará em funcionamento pleno. Em construção, a unidade conta com recursos do BNDES.

A visão sobre uma nova forma de governança surgiu há dois anos, mas só em outubro passado foi contratada uma consultoria para orientar esse caminho. Até hoje, a companhia não conta com a figura de um presidente executivo, e a gestão vem sendo feita de forma quase instintiva pelas famílias. “Os sócios não conheciam governança corporativa. A consultoria ainda está mostrando quais são as vantagens, enquanto passamos pelo processo de implementação”, admite Zanone. Os primeiros passos são a implementação de um acordo de acionistas, de um conselho de administração e de um conselho de família. O projeto total tem previsão de 18 meses.

Zanone Júnior trabalha na companhia desde 1991, quando entrou na faculdade. Os sócios originais, além de três pessoas da segunda geração das famílias e duas da terceira, participam conjuntamente dos processos decisórios e atuam, na prática, como conselheiros, mesmo sem haver um conselho de administração formalmente constituído. A ideia é que este órgão, quando implementado, atue com cinco pessoas, sendo três das famílias e dois externos.

Outro objetivo é definir as bases para um plano de sucessão dos executivos, além de implementar regras para o ingresso de novos membros das famílias. Até então, não há orientação vocacional dos mais jovens. O próprio Zanone fez a escolha pessoal de cursar faculdade e pós-graduação, mas toda sua experiência profissional foi na empresa. Ele aproveitou o acúmulo de conhecimento da companhia no ramo farmacêutico, de mais de 40 anos, para se especializar.

Espera-se também que a governança melhore as relações entre os sócios. A gestão por duas famílias, com integrantes da primeira, segunda e terceira gerações, provoca, em várias situações, alguns atritos. “Toda sociedade tem seus conflitos, mas isso tem sido perfeitamente administrado por nós”, garante o superintendente. Ele está certo, porém, de que a instituição de um conselho de administração vai facilitar as coisas.


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