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O mercado em transformação
 

Quem acompanhou a travessia do mercado de capitais brasileiro nos últimos anos sabe que não foi fácil chegar até aqui. Há muito se aspirava um ambiente propício para atrair a poupança do investidor — seja ele o institucional, a pessoa física ou o estrangeiro — e financiar o crescimento de nossas empresas a taxas que se provassem competitivas diante da oferta de linhas oficiais de financiamento ou da alternativa de não investir.

Agora, parece que muito dessa expectativa está virando realidade. E, com tantas mudanças em curso, já dá para perceber que, se não foi fácil a travessia, também não será moleza prover todos os ajustes que darão sustentabilidade à transformação do mercado. Fazem-se necessárias reformas em frentes diversas, seja para alinhavar a regulamentação que dará o suporte à nova fase, seja para criar produtos ou soluções que viabilizem o melhor aproveitamento das oportunidades surgidas a partir dela.

Na presente edição da Capital Aberto, tratamos dessas reformas em algumas situações. A começar pela reportagem de capa, que aborda idéias em estudo na Comissão de Valores Mobiliários para a concepção de um sistema que regule e monitore as ofertas de aquisição de controle realizadas em bolsa de valores. Comuns em países com mercados de capitais mais maduros, essas ofertas estavam previstas na legislação societária brasileira há três décadas, mas nunca se tinha feito uso delas, pelo simples fato de que “controle acionário” não era um bem disponível para aquisição em bolsa, mas sim propositalmente concentrado em poder de um acionista ou grupo.

As reformas também vêm sendo implementadas pelo próprio mercado. Atentos ao potencial de consumo para produtos de maior risco, derivado das consecutivas reduções na taxa de juros paga pelos títulos públicos, os prestadores de serviços começam se movimentar com agilidade para fincar seu espaço neste mercado cada vez mais cheio de oportunidades.

Bancos e gestores de recursos independentes começam a entrar cada vez mais no segmento de family office, ansiosos por uma fatia das fortunas de famílias abastadas e preocupados com a presença de mercado já conquistada pelos escritórios de família tradicionais, como mostra a reportagem iniciada na página 26. Também de olho no potencial do público mais afeito a risco, os gestores começam a desbravar a trilha recém-aberta pela regulamentação e a elaborar produtos lastreados em créditos podres que, apesar deste adjetivo, vêm com a promessa de render um bom dinheiro a quem tiver nervos de aço. Nesta mesma linha, os Certificados de Recebíveis Imobiliários — agora com regras mais amigáveis e isenção fiscal — entram na prateleira dos investimentos de retorno mais atrativo, motivados pelas taxas de juros menores.

É o mercado em transformação, buscando as melhores formas de tirar o máximo proveito de tudo. Claro que também vai dar trabalho encarar esta nova etapa, mas, para quem chegou aqui, só resta acreditar no que está por vir e, o quanto antes, colocar a mão na massa.


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