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Depois da exuberância, o otimismo

Todo começo de ano é renovador. Mesmo os mais pessimistas se deixam contagiar pela esperança e o espírito de festas. Para quem vivenciou o exuberante mercado de capitais de 2006, não poderia ser diferente. As expectativas para o ano novo reúnem um entusiasmo surpreendente e são poucos os que se arriscam a agourar o discurso otimista.

Mas a boa notícia mesmo é que uma análise minuciosa das perspectivas para 2007 endossa o clima de euforia. A começar pelas taxas de juros. Viramos o ano com 13,25% a.a., após 12 reduções consecutivas desde o pico de 19,75% em agosto de 2005 e, como todos sabem, não existe inimigo pior para o mercado de capitais do que os confortáveis rendimentos com baixo risco providos pelo governo. O mercado de ações, por sua vez, — ao contrário do que alguns previam ao final do ano anterior — estabeleceu-se como um importante veículo de captação para as companhias brasileiras, e não apenas para as grandes. Dados da Bovespa mostram que o faturamento das empresas que abriram o capital este ano é, em média, três vezes inferior ao das que o fizeram em 2005.

Ao mesmo tempo, o Novo Mercado e suas práticas de governança tops de linha consolidaram-se como a trilha obrigatória a qualquer empresa que esteja interessada nos recursos do mercado de capitais. E, junto com a nova safra de IPOs (foram 26, ao todo), fortaleceram-se os fundos de participações (private equity), que viram na bolsa de valores uma saída à altura das suas metas de retorno.

Nesta edição de início de ano, procuramos reunir reportagens que ilustram alguns dos temas mais cotados para render boas manchetes em 2007. No plano mais geral, espera-se um mercado ainda mais aquecido para as aberturas de capital e uma bolsa de valores novamente posicionada entre as aplicações mais atrativas. No ramo dos fundos private equity, o próximo desafio é lançar-se no mercado internacional com munição para competir com as gigantes China e Índia que, pelo menos até o momento, roubam grande parte das atenções dos investidores voltados a mercados emergentes.

Na área de gestão de recursos, a queda nas taxas de juros é muito bem recebida pelos profissionais, mas carrega consigo um desafio não muito simples de driblar. Diante do maior interesse dos poupadores por produtos de maior risco, cresce a competição entre os gestores especializados nesses ativos e a busca por retornos que lhes confiram um diferencial. Neste contexto, carteiras com prazos de carência mais longos são uma tendência entre os profissionais que procuram mais estabilidade para manejar ativos menos líquidos e rentabilidade atrativa.

Por falar em retornos diferenciados, também estão nas previsões para o ano novo produtos lastreados em ativos de risco elevado, como os títulos de crédito vencidos ou sob protesto na Justiça. Com novas instruções da CVM lançadas em dezembro, é provável que fundos baseados nesses direitos creditórios entrem no radar dos investidores com sangue frio para encarar a aventura.

Em 2007, continuaremos atentos a tudo isso e muito mais. E de dedos cruzados na expectativa de que os otimistas de plantão mostrem, mais uma vez, que estavam com a razão.


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