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Para começar, uma provocação

Os mercados romperam em paz o ano de 2006. A bem da verdade, encerraram o velho com projeções econômicas tão tranqüilas que, se razoáveis não fossem para quem veio de tempos muito mais difíceis, pecariam por nos encher de tédio. Em síntese, elas são feitas à imagem e semelhança do que vimos no final de 2004, quando os economistas esperavam a mesma queda nas taxas de juros (que, mais uma vez, não veio), o dólar controlado, as exportações maiores, mas desaceleradas (que também não se confirmaram), a inflação sob controle e um crescimento econômico, este sim, um tanto mais empolgante que o número módico do ano que passou.

Tudo muito parecido. Melhor assim. E com uma vantagem: por ser de eleições, este ano começa mais previsível, e já tem espalhada pelas agendas a perspectiva de uma boa dose extra de volatilidade. Coisa que não havia no início de 2005, quando passava longe dos planos de qualquer um a hipótese de uma crise política no governo Lula com ingredientes de fraude aos cofres públicos e quedas espetaculares das principais cabeças do partido que o elegeu. Neste quesito, que bom, o ano novo leva vantagem.

Mas não só neste. Para o mercado de capitais, 2006 começa com uma credibilidade que seu antecessor não tinha. Traz no histórico o reconhecimento pela continuidade do bom momento iniciado em 2004, que já havia se destacado pela retomada das aberturas de capital e os sucessivos recordes do Índice Bovespa. Um movimento que, de tão surpreendente, deixou inúmeras dúvidas quanto a sua consistência, principalmente pela presença maciça dos investidores estrangeiros e os preços invejáveis que eles aceitaram pagar pelas ações das novatas.

Os bons preços pagos por esses papéis é tema de uma das reportagens da presente edição da Capital Aberto, que procura analisar as razões para as diferenças de percepção entre esses investidores e os nacionais quanto ao valor das companhias abertas brasileiras. Tema que vem ao lado de um conjunto de matérias produzidas com o intuito de antecipar as discussões que estarão na pauta do mercado de capitais ao longo do ano e no radar dos nossos leitores.

Na reportagem de capa, optamos por uma discussão mais provocativa de um assunto sobre o qual o Brasil tem muito pouco a comemorar: a baixíssima participação dos nossos acionistas nas assembléias gerais. Um tema essencial para o exercício das boas práticas de governança – não apenas pelas companhias, mas também pelos investidores – e que poderia ser estimulado a partir de soluções como as adotadas nos Estados Unidos e Inglaterra, comentadas a partir da página 32.

Desejamos uma ótima leitura a todos e um feliz 2006!


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