Em busca de crescimento

Elas atuam em segmentos distintos, vieram de lugares diferentes, mas têm algo forte que as faz trilhar o mesmo caminho: um plano agressivo e ambicioso de crescimento em seus planos de negócios, com direito à liderança em nichos de mercado, exportações em escala elevada e marcas de alto valor agregado. Seus nomes são TCI, Nutrella, Netuno e Democrata, e elas são quatro de uma lista de dez empresas interessadas no novo mercado de acesso da Bovespa, o MAIS, conforme mostra a reportagem de Camila Guimarães na página 10.

As quatro são uma reveladora amostra do que promete ser este reencontro entre as companhias de médio porte e o mercado de capitais brasileiro. Relativamente jovens – com exceção da Nutrella, que é e 1972, as demais surgiram na década de 80 – elas vêm percorrendo uma trajetória de sucesso movida por um inesgotável ímpeto de crescer.

A TCI, forte em serviços terceirizados de documentação e manutenção de arquivo, quer expandir na gestão de almoxarifados e crescer pela América Latina. A Nutrella, que começou como uma padaria em Novo Hamburgo e em Porto Alegre e hoje é líder no mercado de pães e bolos nos três Estados do Sul, quer bater as vendas das marcas mais tradicionais com produtos diferenciados e ganhar espaço nas demais regiões do País. A Netuno, já líder brasileira nas exportações de lagosta e camarão, quer ser a primeira mundial no segmento e uma espécie de “Sadia dos peixes” no Brasil. Já a fabricante de calçados masculinos em couro Democrata, de Franca (SP), hoje exportadora de peças encomendadas por mais de 50 países, quer conquistar lá fora clientes para sua confecção própria de calçados.

Com negócios atraentes e necessidade de capital para viabilizar seus objetivos, elas são hoje alvo de fundos de private equity e da Bovespa, que se empenham em convencê-las dos benefícios de crescer abrindo o capital para outros sócios. É possível que algumas comecem apenas com um fundo private equity, mas também provável que cheguem à bolsa de valores em algum momento no futuro próximo.

Aos seus empreendedores, encanta a oportunidade de conquistar uma parceria contínua para os seus arrojados planos de vôo, de ter o status de companhia aberta listada em bolsa e de constituir uma base de novos sócios que contribuirá para a boa gestão do negócio e sua perenidade ao longo das próximas gerações. Do outro lado da balança, pesam as obrigações devidas a um mercado que lhes exige boas práticas de governança corporativa, com voto para todos os acionistas, cumprimento fiel das regras de transparência e dispersão mínima das ações em mercado, entre outros pré-requisitos do Novo Mercado também aplicados ao MAIS.

Se seus projetos de entrar na bolsa decolarem, elas serão o registro histórico de um nova etapa no relacionamento entre empresas brasileiras com forte potencial de expansão e investidores ávidos por bons negócios. Relacionamento esse baseado em parcerias de longo prazo, formadas com o objetivo claro de gerar valor para todos por meio de uma gestão competente e sustentável. Sem dúvida, um bom jeito de começar.


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