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O equilíbrio dos deveres modernos

Vivemos a era dos intangíveis. Especialistas de várias partes do mundo avisam que as competências na gestão de pessoas, processos, conhecimento e imagem contarão, num futuro breve, muito mais pontos no valor de mercado das companhias do que suas fábricas e equipamentos. Um contexto mais do que favorável para que a chamada responsabilidade social, muito rapidamente, se instalasse no mundo das corporações modernas como uma espécie de extensão do próprio negócio.

Hoje vemos companhias se desdobrando para realizar ações que auxiliem a comunidade em que atuam, motivem trabalhos voluntários por parte de seus funcionários e promovam um ambiente sustentável por meio da seleção de fornecedores e parceiros que compartilhem de seus princípios éticos. Muita coisa boa saiu daí, é verdade. O uso de mão-de-obra infantil ou de trabalho escravo, inadmissível em qualquer situação, tornou-se muito mais repugnante depois da consciência social impregnada nas organizações.

Mas a questão é que, junto com a valorização dos ativos não-tangíveis e, com eles, da responsabilidade social, veio uma série de pressupostos de gestão que visam conduzir à efetiva criação de valor, a partir de resultados que cubram não apenas as despesas do negócio, mas sejam suficientes para superar o custo de oportunidade do acionista. A evolução dos modelos de governança levou a uma pressão mais eficaz sobre a gestão, a modelos mais transparentes e rigorosos de prestação de contas e de preservação dos interesses dos investidores.

Tudo junto, ao mesmo tempo, parece ter gerado o dilema que hoje as organizações estão desafiadas a solucionar. Cabe a elas a dura tarefa de aprimorar com competência seus intangíveis e, ainda, criar valor para os empregados, os executivos, clientes, fornecedores, comunidade, meio ambiente, credores e, claro, para os acionistas. Dificuldade essa muito bem retratada em reportagem da The Economist de 20 de janeiro intitulada “The good company” e pautada pela discussão: “As companhias hoje são exortadas a serem socialmente responsáveis. Mas o que, exatamente, isso significa?”

Nesta edição da Capital Aberto procuramos analisar como a conciliação dos interesses da sociedade e dos acionistas está sendo vista e gerenciada hoje pelas companhias brasileiras. E como especialistas enxergam o futuro do presente dilema e os limites, se é que eles devem existir, da responsabilidade social. Os resultados podem ser conferidos em duas reportagens, a partir da página 40.

PREMIAÇÃO – Aproveitamos este espaço para dividir com nossos leitores duas conquistas da Capital Aberto nos últimos meses. Em abril, fomos escolhidos pela Revista Banco Hoje na premiação “Bem Sucedidos 2005”, Categoria Imprensa, a partir de um júri formado por diversos representantes do mercado de capitais. Em março, fomos homenageados com o Selo Animec Especial 2004, que destacou as pessoas físicas ou empresas que contribuíram para o desenvolvimento do mercado de capitais. Agradecemos às duas instituições pelo reconhecimento e a vocês, leitores, por nos proporcionarem tais conquistas.

Tenham uma ótima leitura.


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