O percentual de brasileiros que compra via smartphone pelo menos uma vez por mês mais do que duplicou nos últimos cinco anos, passando de 15% para 41%, e deve superar em breve a compra via PC, que caiu de 69% para 58% no mesmo período. Nos tablets, o aumento também foi grande, de 20% para 30% entre 2013 e 2018, o que demonstra a importância crescente dos dispositivos móveis como canais de compras. Os dados foram revelados pela PwC na pesquisa Global Consumer Insights 2018, que ouviu 22 mil pessoas em 27 países, sendo 1.000 delas no Brasil.
Os dados coletados pela PwC mostram ainda um crescimento nas vendas das lojas físicas – o primeiro registrado pelo estudo desde 2013. Ao todo, 61% dos participantes afirmam realizar compras presencialmente pelo menos uma vez por mês, contra 55% em 2017.
A pesquisa registrou um crescimento no consumo on-line em diferentes categorias de produtos. Os equipamentos eletrônicos, por exemplo, passaram de 12% para 27% do total comercializado de 2014 a 2018. O consumo ligado ao entretenimento (livros, músicas, filmes e videogames) cresceu 16 pontos percentuais, saindo de 18% para 34% no mesmo período.
Produtos básicos e de alimentação demonstram grande potencial para o varejo on-line no país. Mais da metade dos brasileiros (58%) tem a intenção de comprar alimentos on-line nos próximos 12 meses, contra 48% no mundo. Além disso, 37% afirmam já ter realizado alguma compra on-line de alimentos no último ano. Dos consumidores entre 25 e 34 anos, 27% já realizam compras on-line de produtos como café, detergentes e fraldas e 45% dizem que pretendem fazer o mesmo.
As tecnologias oferecem ao consumidor mais possibilidades de consumo personalizado, principalmente no comércio eletrônico. O varejo brasileiro tem muito potencial para crescimento, e as empresas que apostarem em tecnologias disruptivas, como inteligência artificial, estarão à frente das demais na oferta de produtos e experiências customizadas.
Menos preocupação com privacidade
De modo geral, o brasileiro aceita mais facilmente abrir mão da privacidade dos seus dados, desde que isso sirva para melhorar sua experiência de compra, com ofertas personalizadas, por exemplo: 56% ficam satisfeitos quando são abordados pelos varejistas quando estão perto da loja e 57% não se importam com o monitoramento de padrões e históricos de compras para receber ofertas.
Os consumidores no Brasil estão mais abertos ao consumo compartilhado de produtos como carros (47%) e outras formas de transporte (38%), além de equipamentos esportivos ou de uso ao ar livre (40%). Entre os participantes globais do estudo, os brasileiros são os que mais desejam comprar assistentes virtuais acionados por comandos de voz (59%).
A pesquisa também avaliou os serviços de entrega pelos quais os consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar e constatou algo que pode ser explorado por varejistas, fabricantes e seus parceiros de frete: 64% aceitam arcar com os custos de uma entrega mais rápida ou no mesmo dia; 11% fariam isso para garantir o recebimento de seus pacotes uma ou duas horas após a compra. Segundo o estudo, os drones são uma opção viável para baratear e acelerar a entrega: metade dos participantes brasileiros da pesquisa diz que confiaria em um drone para receber seus produtos.
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