Conheça o estudo completo neste link.
As oportunidades que movem empresas a realizar operações de fusão e aquisição (ou a inaugurar iniciativas por meio de joint ventures) surgem de uma estratégia que pode ser resumida, a grosso modo, em duas ações: aparar redundâncias e costurar sinergias. Obviamente, na prática, a situação é bem mais complexa —esconde em seus meandros armadilhas cujo desarme exige considerável investimento de tempo no planejamento e na execução, principalmente relacionados à fase pré-fusão.
Descuidos nessa etapa tão estratégica acabam expondo as organizações a riscos desnecessários. “Gerir os negócios, alavancar o crescimento das empresas combinadas e, ao mesmo tempo, realizar os esforços de integração não são tarefas triviais”, diz Artur Giannini, sócio da área de Financial Advisory da Deloitte. “Quando surgem problemas, a situação pode ser comparada a um conserto de turbina de avião em pleno voo. As decisões sobre a unificação das empresas podem afetar a gestão do dia a dia e vice-versa.”
As consequências da falta de um planejamento pré-fusão podem ser bastante nocivas para os negócios. Os executivos que deveriam tomar decisões estratégicas a respeito dos benefícios da unificação, por exemplo, ficam imersos na resolução de imprevistos. Sem a preparação, a integração atrasa — o que acirra a competição de agendas entre a gestão do cotidiano das empresas separadas e o pensamento das empresas combinadas. Questões operacionais e estratégicas que deveriam estar decididas também demoram mais, comprometendo a execução do plano de negócios inicial.
Uma frente integrada
Há metodologias bem definidas no mercado para se evitar riscos na fase pré-fusão, o que afasta a empresa da estatística de falhas nesse tipo de transação. “Uma delas envolve o que se convencionou a chamar de clean team”, destaca Giannini. “Essa equipe estratégica é formada na fase de pré-fusão por profissionais-chave das duas empresas em todas as frentes de trabalho, como as áreas de tecnologia da informação, cadeia de suprimentos, comunicação e branding, finanças e recursos humanos, entre outras.”
De acordo com Giannini, a estrutura do clean team tem tempo limitado para elaborar um planejamento detalhado, mapear e calcular as sinergias e discutir estratégias para a alavancagem das organizações combinadas. Um processo protocolar é estabelecido para a garantia da confidencialidade dos dados envolvidos nesse trabalho, uma vez que, com alguma frequência, ele pode ocorrer antes de a transação ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Sem controle sobre o que é previsível, é impossível lidar com os imprevistos que, invariavelmente, surgem em qualquer transação. “O papel do clean team também é permitir à empresa, após a integração, tratar os desafios comuns da fase pós-fusão sem acumulá-los com os desafios que já poderiam estar solucionados ou ter sido prevenidos”, diz Giannini. “Espera-se, como resultado final, a tomada de controle com planejamento detalhado e robusto, plano de negócios validado e comunicação interna e externa preparadas para a transação se tornar um caso de sucesso.”
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