À medida que o mundo se tornou mais interconectado, a natureza volátil das transações online determinou o desenvolvimento e o aprimoramento dos sistemas de identidade digital. Relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF – World Economic Forum) e pela Deloitte sugere às instituições financeiras que assumam a liderança na criação de sistemas robustos de identidade digital.
O estudo “Inovação disruptiva em serviços financeiros: um modelo para a identidade digital”, feito pela Deloitte em parceria com o WEF e apresentado no encontro de janeiro deste ano em Davos, na Suíça, mostrou que o setor de serviços financeiros está em uma posição privilegiada em relação ao desenvolvimento de soluções de identidade digital. Isso por ser uma indústria confiável, com acesso a uma ampla gama de dados e, em muitos casos, por dispor de tecnologias mais sofisticadas do que outras organizações.
“Precisamos de processos mais eficientes, seguros e convenientes para que as pessoas, empresas e demais organizações possam comprovar sua identidade em ambientes online. Os sistemas de que dispomos hoje não estão à altura dessa importante tarefa”, afirma Marcello De Francesco, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte Brasil.
O projeto “Blueprint for digital identity” é a fase mais recente do trabalho de inovação disruptiva em serviços financeiros do Fórum Econômico Mundial. O relatório tem como base cerca de 12 meses de pesquisa, e envolveu aproximadamente 200 líderes da indústria e especialistas no assunto por meio de entrevistas e workshops.
De acordo com o levantamento, a ausência de sistemas confiáveis de identidade digital cria inconveniência e riscos para os usuários, além de impor enormes restrições ao desenvolvimento de serviços de base digital.
A pesquisa analisa também o potencial dos sistemas de identidade digital para substituição dos tradicionais recursos de identificação física ainda hoje em uso.
Compromisso
Dessa forma, a análise considera que o futuro do ecossistema de identidade digital está assentado sobre o compromisso de os serviços financeiros impulsionarem e viabilizarem a solução. Segundo o relatório, um sistema de identidade digital que tenda à universalização representaria um benefício social para o bem maior, reunindo os sistemas existentes em um único e abrangente recurso.
O relatório reconhece que atualmente não há uma solução universal para os sistemas de identidade digital, uma vez que as abordagens diferem significativamente de acordo com as necessidades culturais e geopolíticas de cada agente participante. Concebidos para integrar novos e diversos agentes e servir às necessidades dos usuários, os sistemas de identidade digital devem ser construídos com base em tecnologias e padrões de dados abertos, o que garante sua viabilidade, interoperacionalidade e sustentabilidade.
“Sistemas mais modernos de identidade digital oferecem às instituições financeiras capacidades renovadas e melhoradas, incluindo perfis de risco personalizados, uma implementação global simplificada e um melhor indicador da exposição global ao risco. Se contar com a contribuição de formuladores de políticas e líderes governamentais, o setor privado terá uma oportunidade única para assumir a liderança no desenvolvimento de novos sistemas de identidade digital, fazendo com que sejam mais sustentáveis e amplamente utilizados”, avalia De Francesco.
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