Após um conturbado período de dois anos, gestores de empresas no Brasil começam a melhorar suas expectativas e sinalizam um cenário mais positivo a partir de 2017. É o que mostra a pesquisa inédita “Agenda 2017”, realizada pela Deloitte com a participação de 746 organizações. Dentre elas, 25% estimam apurar receitas líquidas superiores a R$ 1 bilhão até o fim de 2016 e 32% são controladas por grupos estrangeiros.
De acordo com o estudo, a soma das receitas líquidas estimadas para 2017 por todas as organizações participantes deve chegar a R$ 1,739 trilhão, valor nominal 8,3% maior que o R$ 1,606 trilhão esperado para 2016. Como referência, o valor previsto para este ano é equivalente a pouco mais de um quarto do prognóstico do Banco Central (BC) para o PIB do período de 12 meses encerrados em setembro passado (R$ 6,1 trilhões). A evolução da receita líquida no próximo ano deve superar, ainda, a inflação de cerca de 5% estimada pelo boletim Focus, do BC.
Já em relação aos investimentos a serem realizados pelas empresas, os gestores preveem uma retomada gradual: para 2016, a expectativa, segundo a mediana das projeções (medida de tendência central, que elimina respostas extremas), é de expansão de 4% ante 2015; o percentual de alta esperado para 2017 passa para 5%.
“É importante percebermos que há uma inflexão clara nas expectativas daqueles que administram empresas no País. Como vivenciamos uma retração em todos os segmentos econômicos nos últimos dois anos, estimar um avanço de 8,3% nas receitas líquidas para 2017 é uma real demonstração de otimismo”, afirma Othon Almeida, sócio-líder da área de Market Development da Deloitte. “Por outro lado, as projeções mostram que a retomada dos investimentos será gradual, o que é natural nessa fase de transição econômica, e também muito positivo, desde que reflita decisões alinhadas com as novas oportunidades do ambiente econômico”, avalia.
Entre as empresas participantes, 38% estimam que suas receitas líquidas devem crescer mais de 10% em 2016; para o próximo ano, 56% preveem crescimento acima desse percentual. E enquanto 26% projetam queda nas receitas neste ano, apenas 6% estimam queda em 2017.
Prioridades para investir e capitalizar recursos
Entre as empresas que estão propensas a investir em 2017, algumas alternativas aparecem como prioritárias. O lançamento de novos produtos ou serviços foi o objetivo mais citado (48%), seguido por substituição de máquinas e equipamentos (40%). A aquisição de empresas (13%) e a abertura de novas unidades (6%) também aparecem como possíveis opções de investimentos.
A aquisição de empresas ou de produtos e marcas também está no radar das organizações — 16% destacaram essa opção para 2017. Nesse grupo, 33% não pretendem se capitalizar, outras 22% utilizarão empréstimos com bancos de varejo e 20% devem recorrer a empréstimos com bancos de fomento.
Após anos com pouquíssimas operações de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês para initial public offering) na bolsa de valores brasileira, 1% das 746 empresas participantes indica que pretende usar esse caminho de capitalização em 2017 — a maioria estima receita líquida superior a R$ 1 bilhão para este ano.
Gestão em foco
Estimulados a escolher cinco prioridades para 2017 entre 15 opções de práticas destinadas à boa administração, os entrevistados apontaram como foco três itens bastante coerentes com um cenário que sucede dois anos seguidos de crise: gestão financeira (com 65% de citações), gestão de processos (61%) e gestão orçamentária (55%).
Para conhecer o conteúdo completo da pesquisa, acesse www.deloitte.com.br
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