Estamos vivenciando um intenso processo de transformação digital, que se apresenta em velocidade nunca antes vista pelas empresas. Os avanços da tecnologia da informação (TI) e de suas ferramentas permitiram às organizações viabilizar ideias inovadoras, capazes de modificar por completo seus mercados. A evolução digital é parte integrante da maioria das empresas — de forma incremental ou revolucionária ou até mesmo para se defender de novas ameaças criadas pela competição.
É cada vez mais comum o aparecimento de cargos e funções com designações acompanhadas da palavra “digital”, como chief digital officer (CDO). No entanto, organizações maduras e com sucesso na trilha de transformação digital investiram de forma integrada em todas as suas atividades, promovendo um alinhamento organizacional e superando as barreiras comuns, como falta de recursos e de talentos.
Como evitar as armadilhas e se preparar para o mercado?
Algumas características das organizações maduras na trilha digital devem ser observadas. A pesquisa “Aligning the organization for its digital future”, de 2016, desenvolvida pela Deloitte em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), sobre negócios digitais nos oferece alguns importantes insights:
• Integrar a estratégia geral à digital: é necessário integrar as estratégias digital e corporativa. Companhias com menor grau de maturidade digital ainda tratam suas estratégias de maneira separada. O planejamento de TI, por exemplo, deve considerar dimensões como governança e finanças.
• Criar uma cultura digital efetiva: programas de inovação contínuos e que provoquem uma mudança de mindset são exemplos. Ações por projetos ou forças-tarefa de transformação que combinem lideranças de diversas áreas, de forma a permitir que haja um engajamento a favor de um objetivo único com foco no resultado final, ilustram bem como evitar armadilhas como a morosidade e a baixa energia da complexidade política das hierarquias.
• Comprometimento dos executivos sêniores: a transformação deve ser iniciada por eles, para reter e transformar talentos. Um caso prático é a liderança de incubadoras dentro da própria companhia.
• Investir em talentos internos e planejar o desenvolvimento de capacidades e habilidades pessoais: essas iniciativas podem ser adotadas por meio da implementação da filosofia do suplychain. Isso comprova que há uma preocupação com a identificação de futuras demandas e habilidades, assim como em acompanhar metodologias de desenvolvimento e de planejamento para que essas habilidades sejam incrementadas, criadas e disponibilizadas no momento certo.
• A importância dos softskills: Em vez da preocupação apenas com a qualificação voltada ao domínio de toda nova tecnologia, habilidades como capacidade gerencial e pensamento inovador, entre outros atributos voltados à liderança e à colaboração, são fundamentais.
Considerando as dimensões abordadas pela pesquisa, observa-se que para trilhar a transformação digital é importante integrar cultura, pessoas, processos, estruturas e atividades de forma alinhada, criando uma estratégia unificada. É importante, portanto, fazer essa transformação de forma coesa, rápida e robusta, principalmente por meio de ações práticas voltadas a resultados, evitando armadilhas comuns e acelerando na direção da maturidade digital com segurança.
*Por Fábio Pereira, diretor da área de Consultoria e líder em Tecnologia, Estratégia e Arquitetura da Deloitte
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