O investimento de impacto como uma tese de venture capital

O “impact investing”, está se tornando cada vez mais conhecido, e praticado, nos cenários nacional e internacional. A denominação define o aporte de recursos em empresas ou instituições que possuem a intenção de causar impacto social e ambiental positivo na comunidade, além de obter retorno financeiro. No Brasil, o investimento de impacto está intimamente relacionado aos setores de educação, saúde e habitação.

Muitos investidores enxergam nele o meio termo entre a filantropia e o venture capital tradicional. Isso porque se trata de uma forma autossustentável, mais profissional e eficiente, de abordar problemas sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que é um investimento de risco que visa retornos financeiros e, portanto, tem mecanismos de controle e fiscalização sobre o capital investido (ao contrário de uma doação, que não demanda, em princípio, prestação de contas nem compromisso com a sustentabilidade do projeto).

Além do lucro, o empreendedor será avaliado pelos efeitos sociais e ambientais que se propôs a criar

Nossa maneira de ver é um pouco menos simplista — ou mais, a depender da interpretação: acreditamos que o investimento de impacto, quando realizado por fundos de investimentos, é apenas mais uma tese de venture capital (como investir em empresas de tecnologia, por exemplo). É a alocação de recursos em companhias que precisem de capital para crescer e tenham um negócio atrativo e com bom potencial, mas entreguem algo a mais. Que algo a mais? Um impacto na redução do custo do acesso à saúde pela população mais carente, por exemplo. Há muitos outros…

Portanto, em termos práticos e jurídicos, há poucas questões que precisamos observar numa operação de impact investing, quando comparada com uma operação de venture capital tradicional.

Além do resultado financeiro e da governança da companhia (duas grandes preocupações da tese de investimentos do venture capitalist tradicional), a medição e o controle do impacto social constituem um fator ao qual o investidor de impacto estará atento, e que será tratado nos documentos e no dia a dia da operação de investimento. Nesse contexto, sentimos que, em termos de governança e retorno financeiro, o investidor passa a ver um impacto, com o perdão do trocadilho, semelhante ao retorno social, tratando de forma equilibrada os três aspectos. Do lado do empreendedor, é importante ter em mente que será avaliado não só pelo lucro, mas da mesma forma — ou até com mais rigor — pelos efeitos sociais e, eventualmente, ambientais que se propôs a criar.

Destaque-se, por fim, que no cenário atual há vários fundos de impacto social com recursos para investir, buscando empresas que tenham potencial para criar um impacto social positivo e, ao mesmo tempo, trazer retorno financeiro. Vemos que a cada dia o mercado enxerga mais valor nas organizações que têm como um dos seus pilares a preocupação em gerar benefícios para a sociedade. Assim, para os empreendedores cuja empresa possui esse perfil, há ótimas oportunidades na captação de investimentos.


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