Operações de alta frequência (HFT, na sigla em inglês): está aí uma coisa que rende pano para manga. A SEC vem debatendo o assunto há um bom tempo e chegou a pedir um aumento de 25% na sua verba para fiscalizar essas operações. A controvérsia já chegou, inclusive, na Justiça norte-americana. Em abril, o procurador-geral de Nova York intimou seis firmas que fornecem o serviço para depôr. É parte de uma investigação para averiguar se as rápidas negociações oferecem vantagens a alguns traders em detrimento de outros.
Para as bolsas de valores, é um daqueles casos em que, se correr o bicho pega e, se ficar, o bicho come. Se elas não se rendem às HFT acabam perdendo espaço para concorrentes, pois não falta demanda para esse tipo de produto. Se elas abrem as portas indiscriminadamente a essas operações, correm o risco de que seus sistemas — ou índices — sejam derrubados pelo excesso de ordens de compra e venda, por exemplo.
A Nyse resolveu ceder. Se há algum tempo o discurso da bolsa nova-iorquina se limitava a afirmar que seus sistemas eram robustos o suficiente e capazes de perceber problemas antes que o mercado fosse afetado, agora, ela acredita que é preciso frear as HFT. A Intercontinental Exchange (ICE), dona da Nyse, está buscando, junto à SEC, autorização para banir 12 tipos de operações que beneficiariam quem negocia com plataformas ultra velozes.
Ao dar esse passo, a ICE se alinha, por exemplo, a Warren Buffet. O bilionário já deixou claro que não gosta nada dos efeitos da HFT no mercado, e seu serviço de dados para o mercado anunciou que não fornecerá informações para quem usa esse mecanismo. Aparentemente, o coro contra os rapidinhos está cada vez mais alto. Será que outras bolsas farão o mesmo?
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